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Novos Dados sobre Risco de Corrupção no México

Author: Matteson Ellis

Mexico DataA versão original desse blog post foi escrita em inglês.

Muita atenção tem sido dada ao México tendo em vista os esforços do país para desenvolver um novo Sistema Nacional de Combate à Corrupção, a abertura do seu setor energético ao investimento estrangeiro e o risco de corrupção que persiste por negócios lá, fazendo com que medidas anticorrupção tenham importância contínua. Neste contexto, dois atores de renome no México – PwC e FTI Consulting – publicaram recentemente dados novos e úteis relacionados com a prevalência de risco de corrupção no país.

Os seguintes dados podem ajudar as empresas a avaliar as estratégias de negócios e de negócios no país. Eles podem ser usados por pessoas de compliance ao treinar funcionários no país. Ele pode ajudar a educar os executivos globais que estão a tomar as suas primeiras incursões no mercado mexicano sobre a natureza do risco suborno.

Pesquisa da PWC sobre os resultados de casos de corrupção na América Latina (2000-2015)

A equipe de forensics da PwC analisou os casos de FCPA dos últimos 15 anos, envolvendo o México e outros países latino-americanos, que incluiu 46 casos envolvendo esses países. Os resultados, publicados em setembro de 2015, identificaram o seguinte:

  • O México foi o país latino-americano envolvido no maior número de casos de FCPA. México foi envolvido em 12 casos, seguido pela Argentina (8 casos), Venezuela (7), Brasil (7), Honduras (2), Panamá (2), Equador (2), Costa Rica (2), Colômbia (1) , Bolívia (1) Haiti (1), e as Bahamas (1).
  • 67% dos casos de FCPA no México envolveram pagamentos ilícitos feitos através de parceiros de negócios, como parceiros de joint venture, representantes de vendas e distribuidores, que interagiram com agências do governo em nome das empresas punidas. Metade desses parceiros de negócios eram agentes de vendas.
  • 25% dos casos de FCPA no México envolveram presentes, entretenimento ou viagens a funcionários do governo como parte do esquema de propinas.
  • 25% dos casos de FCPA no México envolveram o uso de fornecedores fictícios ou faturas faltas. Ao criar ou aceitar facturas falsas, as empresas tentaram justificar pagamentos indevidos a funcionários do governo. Isto incluiu a apresentação de faturas falsas diretamente às empresas por funcionários do governo para apoiar pagamentos ilícitos ou a criação de empresas de fachada para canalizar pagamentos indevidos.
  • 25% dos casos de FCPA no México envolveram a manipulação de processo de folha de pagamento de uma empresa para fazer pagamentos impróprios. Por exemplo, as empresas incluiam funcionários fantasmas na folha de pagamento para criar uma forma de transferência de fundos para funcionários, ou eles contrataram um parente de um funcionário público como uma forma de influenciá-los.
  • 17% dos casos da FCPA no México envolvem deficiências de controle nos processos de tesouraria da empresa, tais como cheques emitidos a um funcionário que descontou os cheques e usou os fundos para subornar um funcionário.
  • 17% dos casos da FCPA no México envolveram superfaturamento de bens e serviços a fim de utilizar os fundos extra para pagar propinas.

Pesquisa da FTI de 2015 sobre corrupção no México

Este mês, a FTI Consulting no México publicou os resultados da pesquisa relacionados com percepções e experiências com corrupção do governo no México. A pesquisa foi baseada em entrevistas com gerentes e executivos de 565 empresas que operam no México. Foi o segundo ano em que a pesquisa foi realizada. Os seguintes resultados merecem destaque.

  • Houve um aumentonas percepçõesnegativas dacorrupção em todos osníveis de governo: , em 2014, 43% dos líderes empresariaisdisse que todos osníveis de governosão “Igualmentecorruptos” Este ano, o percentual foi de 76%.
  • Aproximadamenteum em cada cincolíderes empresariaisrelataram pelo menos umincidente noúltimo ano em queos funcionários públicossolicitadodinheiropara facilitar ou emitir documentação,participarou ganharuma licitação.
  • Em 2014, 45% dos entrevistadosconsideraram “necessário ou muito necessário” participar deesquemas de corrupçãopara fazer negócios como governoa nível localou nacional; em 2015,21%expressou o mesmo sentimento. As pequenas empresastendem aenfrentarmaiores riscos, com 37% dizendo queeles tinham experimentadoincidentesde corrupção.
  • Apenas 39% dos inquiridos consideramreputação(integridade e / ou honestidade) o fator mais importantena escolha de umparceiroou fornecedor.

As opiniões expressas nesse post são pessoais do(s) autor(es) e não necessariamente são as mesmas de quaisquer outras pessoas, incluindo entidades de que os autores são participantes, seus empregadores, outros colaboradores do blog, FCPAméricas e seus patrocinadores. As informações do blog FCPAméricas têm fins meramente informativos, sendo destinadas à discussão pública. Essas informações não têm a finalidade de proporcionar opinião legal para seus leitores e não criam uma relação cliente-advogado. O blog não tem a finalidade de descrever ou promover a qualidade de serviços jurídicos. FCPAméricas encoraja seus leitores a buscarem advogados qualificados a fim de consultarem sobre questões anticorrupção ou qualquer outra questão jurídica. FCPAméricas autoriza o link, post, distribuição ou referência a esse artigo para qualquer fim lícito, desde que seja dado crédito ao(s) autor(es) e FCPAméricas LLC.

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Matteson Ellis

Post authored by Matteson Ellis, FCPAméricas Founder & Editor

Categories: Análise de Risco, FCPA, México, Português, Terceiros

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