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Revisitando a Aplicação do U.K. Bribary Act em seu Terceiro Aniversário

UKBA [1]O autor Geoff Martin [2] é um Associado de Baker & McKenzie em Londres e atualmente trabalha no Grupo de Compliance & Investigações no escritório de Washington, DC.

O U.K. Bribery Act (UKBA) entrou em vigor em Julho de 2011. Na ocasião, o UKBA foi apresentado como parte fundamental de uma nova onda global de robustas legislações anticorrupção, com a promessa de um crescente aumento da aplicação destas leis.

Nos três anos subsequentes, não houve nem o volume nem o perfil de aplicação do UKBA que fora previsto por alguns. Na verdade, ainda não existe uma única condenação de pessoa jurídica por violação ao FCPA. Os casos que ocorreram até o momento envolvem fatos relativamente pequenos de corrupção cometidas por indivíduos. Este cenário se contrapõem aos casos multimilionários que envolvem complexas matérias de corrupção internacional que continuam a ser o escopo de aplicação da lei americana FCPA (Foreign Corrupt Practices Act).

Existem diversos fatores que podem ajudar a explicar a aplicação relativamente limitada do UKBA, incluindo:

De qualquer forma, os promotores britânicos continuam a investigar e acusar indivíduos e empresas que estejam relacionados à crimes que envolvam corrupção e que tenham ocorrido anteriormente ao UKBA. Casos importantes recentes incluem:

Enquanto isso, o Serious Fraud Office, agência com responsabilidade principal de investigar e processar crimes financeiros e relacionados à corrupção no Reino Unido, está investigando, ainda não tendo solucionado, diversos casos significantes e substanciais de corrupção. Em particular, o SFO anunciou formalmente que está investigando as empresas britânicas Rolls Royce (em Dezembro de 2013) e GlaxoSmithKlein (em Maio de 2014). Como o SFO lidará com estes e com outros casos maiores de corrupção internacional nos próximos meses e anos constituirá um importante indicador do progresso da aplicação da lei britânica anticorrupção na era do UKBA.

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